A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta segunda-feira (16), o subtenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, de 52 anos, lotado em Campos, suspeito de organizar e financiar os atos no Distrito Federal, em 8 de janeiro. Júnior, que está há 33 anos na corporação, foi preso em casa, durante a Operação Ulysses deflagrada desde as primeiras horas do dia.
Em nota a imprensa, o Corpo de Bombeiros informou que "acompanha de perto a operação da Polícia Federal e segue ao dispor das autoridades para colaborar nas investigações". Júnior está preso conforme decisão judicial e será conduzido, ainda nesta segunda, ao Grupamento Especial Prisional da (GEP) da corporação, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde ficará à disposição da Justiça.
Outros mandados
Outros dois alvos de mandados de prisão são procurados.
Além das prisões, também foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão. Os nomes dos alvos não foram divulgados. Na ação, a PF apreendeu celulares, computadores e documentos diversos.
Os suspeitos são investigados por associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais — crimes que teriam sido cometidos ao financiarem e organizarem os ataques às sedes dos três Poderes, em Brasília, e nos atos em frente ao quartel do Exército em Campos.
Além disso, os alvos também são investigados pelas manifestações pós-segundo turno das eleições, que bloquearam vias no Rio de Janeiro.
"Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados na organização e liderança dos eventos. Além disso, com o cumprimento hoje dos mandados judiciais, será possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa", diz comunicado da Polícia Federal.
*Com informações do G1.