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ações preventivas

Saúde terá ações para evitar epidemia da Dengue e atualiza medidas da Covid-19

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou quatro medidas que serão implementadas ao longo da semana

Publicado em 31/01/2023 às 08:32

(Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Campos - César Ferreira)

O atual cenário epidemiológico da Covid-19 e da Dengue, que já registra 60 casos somente neste mês de janeiro e risco para epidemia da doença nos próximos meses, foram debatidos durante a 38ª Reunião do Gabinete de Crise da Covid-19 e Vigilância das Doenças Emergentes e Reemergentes, primeira de 2023. O encontro, no formato híbrido, aconteceu no auditório do Centro Administrativo José Alves de Azevedo (CAJAA), na manhã desta segunda-feira (30).


Para evitar o avanço dos casos positivos de Dengue na cidade, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou quatro medidas que serão implementadas ao longo da semana e, mais uma vez, os munícipios e sociedade civil organizadas foram chamadas para somar forças ao trabalho do Poder Público, visto que 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti são encontrados em ambiente intradomiciliar. Já as ações contra a Covid-19, que avança para a Fase Branca do Plano de Retomada das Atividades Econômica e Social, foram atualizadas por meio do decreto municipal publicado no Suplemento do Diário Oficial desta segunda (AQUI).

Entre as ações para conter a Dengue está a ampliação da capacidade de atendimento ambulatorial e de hidratação no Centro de Referência da Dengue e Pós-Covid Dr. Jayme Tinoco Netto, já a partir dessa terça-feira (31). Ainda visando a assistência médica aos pacientes, haverá capacitação dos profissionais das Unidades Pré-Hospitalares (UPH) para acolhimento e seguimento dos casos suspeitos e confirmados.

Ações integradas, que visam combater os focos do Aedes aegypti por meio de grandes mutirões que serão realizadas pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em parceria com outras secretarias municipais. Também será desenvolvida campanha de informação à população sobre as formas de prevenção à Dengue, Zika e Chikungunya, incentivando o autocuidado e a remoção mecânica dos criadouros.


O encontro reuniu o secretário municipal de Saúde, Paulo Hirano, o subsecretário de Atenção Básica, Vigilância e Promoção da Saúde (Subpav), Rodrigo Carneiro, o responsável técnico da Vigilância em Saúde, Charbell Kury, o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, o subprocurador geral do município, Gabriel Rangel, secretário de Comunicação Social, Sérgio Cunha, a assessor chefe do gabinete da Procuradoria Geral, Leonam Rodrigues, entre outros.


“É preciso avançar no direcionamento da conscientização de toda nossa sociedade civil organizada, no sentido de que precisamos das ações de cada segmento. Temos que fazer, mais uma vez, um movimento conjugado de toda nossa sociedade civil. A doença não interrompe, ela é cíclica, a gente resolve uma hoje e amanhã temos outra para resolver. É assim que acontece na saúde. Por isso, vamos precisar muito da nossa população nessas ações que serão conjugadas. Eu repito, 80% dos focos do mosquito estão dentro das residências. Então, é preciso que cada um assuma essa responsabilidade e faça aqueles exercícios semanais de tirar, pelo menos, 10 minutos para olhar o quintal e o interior do imóvel para ver se não tem nenhuma água parada”, disse o secretário, Paulo Hirano.

De acordo com dados apresentados pelo subsecretário Rodrigo Carneiro, a curva epidemiológica dos casos positivos e alerta para o potencial risco de epidemia da Dengue se dá mediante a vigilância contínua que é feita pelo Centro de Controle de Zoonoses da Vigilância Epidemiológica, ou seja, exames. Em janeiro foram registrados 60 casos da doença na cidade. Nenhum da Chikungunya e da Zika. Já durante todo o ano de 2022, foram 211 casos de Dengue, seis de Chikungunya e dois de Zika.

“O que nos chama a atenção agora é que já temos 60 casos de dengue confirmados laboratorialmente. Isso acende o alerta, pois veio acompanhado do índice de infestação predial de 5,2% para o Aedes aegypti. Ele é menor que o ano passado, que foi 5,4%, e não tivemos epidemia", explicou o infectologista.


Segundo Carneiro, o risco está ligado a vários fatores, entre eles a questão ambiental e pluviométrica. "Um dos principais fatores do aumento do risco é a imunossucetibilidade da população. O comportamento demográfico da epidemia é muito dinâmico, além disso há uma troca populacional onde alguns nascem e outros morrem, levando assim ao aumento das pessoas susceptíveis à Dengue”, explicou Rodrigo, lembrando que as últimas epidemias no município ocorreram em 2022, 2008/20209 e em 2014, sendo as últimas menores.

Cenário da Covid-19 – Charbell Kury explicou que subvariantes, principalmente as BQ1.1 e XBB, ainda apresentam preocupação no cenário da pandemia do Coronavírus e, por isso, medidas como o uso obrigatório de máscara em locais de emergências e hospitais para proteção de pacientes internados e profissionais de saúde foram anunciadas. Já para pessoas portadoras de imunodeficiência, o uso da proteção facial é recomendado, assim como idoso acima de 80 anos.

Outra recomendação à população é para que tomem as doses de reforço das para bloqueio de casos graves da doença até a chegada da vacina bivalente. O município também manterá a oferta de testes rápidos para detecção do vírus, assim como a vigilância escolar com vacinação e testagem itinerante. “A preocupação no momento ainda é com o bolsão de susceptíveis, pessoas acima de 5 anos que ainda não tomaram as doses do esquema inicial da vacina. É necessário que tome a vacina monovalente para fazer o reforço com a bivalente”, disse Charbell.

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