Desde a inauguração do CEAM Mercedes Baptista, em setembro de 2021, até o momento, mais de mil atendimentos foram realizados no equipamento. Só em janeiro deste ano, foram 74. O Ceam funciona na Rua dos Goitacazes, nº 257. Centro. “É bom lembrar que a subsecretaria trabalha com a mulher em sua totalidade, independentemente de ser vítima de violência doméstica. Entendemos que é importante que ela esteja no mercado de trabalho para sair do ciclo de violência porque muitas se mantêm nesta condição pela dependência financeira. Somos referência para encaminhamento e orientação para as mulheres que precisam de nosso apoio, seja na área da saúde, qualificação ou jurídico”, informa Josiane Viana.
O município possui uma rede de enfrentamento à violência contra a mulher. O mais recente equipamento de prevenção é o Ônibus Lilás – É Delas Para Elas, projeto pioneiro em Campos, voltado para mulheres de todas as idades, pessoas que se identifiquem no gênero feminino e crianças de até 10 anos acompanhadas de pessoas do gênero feminino. A rede de proteção à mulher em Campos inclui a Casa Benta Pereira, acolhimento institucional e sigiloso para mulheres em situação de violência; o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim); a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), inaugurada em 2014; e a Patrulha Maria da Penha do 8º BPM. Por meio de parceria com o Governo do Estado, Campos também ganhou um polo do Programa Empoderadas, que oferece aulas de defesa pessoal através das artes marciais. O polo funciona na Vila Olímpica Lulu Beda, no Jardim Carioca.
A Subsecretaria também vem marcando o Dia Laranja, durante o ano, sempre no dia 25, pela eliminação da violência contra meninas e mulheres; reforça a campanha do Sinal Vermelho, onde a mulher sinaliza com um sinal vermelho na palma da mão que está sendo vítima de violência e precisa de socorro, além de ter criado o Selo Empresa Amiga da Mulher.
Ações afirmativas voltadas para adolescentes e homens – As políticas sociais de combate a discriminações, entre elas, as de gênero, requerem ações afirmativas de conscientização e informação. Por entender a necessidade de conscientizar adolescentes sobre os tipos de violência que ocorrem, muitas vezes, no ambiente familiar, a subsecretaria também criou o projeto Maria da Penha vai às escolas. “É uma ótima oportunidade para falarmos sobre esse tema que, muitas vezes, está no dia-a-dia desses adolescentes, mas nem sempre é possível identificar. Queremos prevenir namoros abusivos e relacionamentos tóxicos que venham se transformar em estatísticas de violência”, disse Josiane.
Em fevereiro, a Subsecretaria também promoveu o Curso Programa M 2023, que consiste em importantes discussões e abordagens sobre masculinidades e o papel dos homens no enfrentamento às violências de gênero e direitos iguais. “Na verdade, a masculinidade reúne vários comportamentos do homem, sendo uma construção social que precisa ser trabalhada de forma positiva para que o homem possa se relacionar de forma saudável com outras pessoas”, reforça a subsecretária de Políticas para Mulheres de Campos.
