Um casal, nascido na província de Salta, situada no Norte da Argentina, decidiu fazer uma grande aventura, que teve início em agosto do ano passado. Após percorrer o país em que nasceram, Hugo Alfredo Franco, 47 anos, Débora Lorena Lopes, 42 anos, e a filha, Apolônia Franco, de 10 anos, chegaram ao Brasil há dois meses, onde já visitaram vários estados e cidades, como Campos, onde estão atualmente. Santa Catarina, segundo Hugo, foi o primeiro estado que a família conheceu.
“Passamos pelo Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Nosso próximo destino será a fronteira do Brasil com o Paraguai. Ficamos, em média, uma semana em cada lugar”, acrescentou ele. A viagem para conhecer outras culturas e fazer novas amizades é feita em um furgão, conhecido também como van.
E foi por intermédio de amigos feitos no Espírito Santo, que os três chegaram à Secretaria Municipal de Saúde, para que Lorena tivesse acesso a um tratamento dentário no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO).
“Um dos meus dentes quebrou e passei a sentir muita dor”, contou ela, que iniciou o tratamento nesta quinta-feira (24). Ao chegar ao CEO, a família foi recepcionada pelo assessor chefe do Departamento de Odontologia, José Luiz Oliveira, que enfatizou que um dos pilares do departamento é humanizar o atendimento, acolhendo com afabilidade quem procura pelo setor.
“O Brasil é um país muito cordial. Por onde passamos fomos bem recebidos”, afirmou Hugo, destacando que eles fazem artesanato, mas não é o suficiente para o sustento da família.
“Para dar a volta ao mundo, que é o nosso sonho, a gente conta com a ajuda de pessoas que conhecemos em cada lugar por onde passamos”, acrescentou ele, ressaltando que a presença da família em Campos tem despertado a curiosidade da população. Como a van está estacionada em frente ao Liceu de Humanidades de Campos, Hugo contou que eles sempre são abordados por alguém, principalmente, estudantes.
A aventura, segundo ele, não atrapalha os estudos da filha. “Ela estuda online por meio de um sistema implantado pelo Exército argentino. Inicialmente, ele beneficiava apenas filhos de militares. Para quem mora lá, não há custos, mas como deixamos o país para viajar, temos que pagar pelos estudos dela”, contou Hugo.
Ele disse, ainda, que o destino final da família é o Alasca, nos Estados Unidos. “Quando chegarmos ao Alasca, faremos todo o caminho de volta até a Argentina”. Quando perguntado o porquê da aventura, a resposta foi simples: “Porque não?”
